quinta-feira, 29 de março de 2012
TPM (MPT), 1 PILAR: MANUTENÇÃO AUTONÔMA
O objetivo deste pilar é a melhoria da eficiência dos equipamentos,
desenvolvendo a capacidade dos operadores para a execução de pequenos reparos e
inspeções, mantendo o processo de acordo com padrões estabelecidos, antecipando-se
aos problemas potenciais.
Operadores com habilidade para manutenção autônoma devem ter:
Capacidade para descobrir anormalidades.
Capacidade de tratamento e recuperação.
Capacidade quantitativa para definir as condições do
equipamento.
Capacidade de cumprir as normas para manutenção da situação
(limpeza, lubrificação e inspeção).
As etapas de implementação da M A:
Etapa 0: Preparação: A etapa 0, consiste na preparação para o início das atividades da MA. Uma boa providência é a implementação da técnica japonesa dos 5S.
O método contém 5 sensos à serem seguidos:
Senso de Utilização (Seiri ).
Senso de Limpeza (Seiso ).
Senso de Ordenação (Seiton ).
Senso de Saúde (Seiketsu ).
Senso de Autodisciplina ( Shitsuke).
Para implementar esta técnica deve haver um treinamento em que serão passados conceitos básicos de limpeza, organização das áreas de trabalho, demarcações e sinalizações de equipamentos.
Etapa 1: Limpeza e inspeção.
Na etapa 1, deve-se prevenir a deterioração forçada pela poeira e por resíduos, vindos da parte externa da máquina ou proveniente do próprio processo de fabricação.
Defeitos latentes, como a falta de lubrificação ou um parafuso solto em pontos de difícil acesso, devem também ser identificados e eliminados, pois são ocultos e de difícil identificação.
Etapa 2: Medidas contra fontes de sujeira e locais difíceis.
Na etapa 2, deverá ser eliminada a deterioração forçada e a utilização do controle visual na detecção de defeitos. As pessoas envolvidas deverão promover melhorias raciocinando,
desenvolvendo habilidades para realizá-las, implantando-as e
sentir satisfação por ter-las implantado a partir de suas idéias. Deve-se conhecer o funcionamento do equipamento e manter o trabalho desenvolvido na etapa anterior.
Verifica-se os fundamentos básicos de limpeza, cronometrando o seu tempo de execução, determinando os pontos causadores de sujeira, melhorando acesso as áreas difíceis, estabelecendo padrão provisório para os formulários de verificação de limpeza
e definindo os itens a serem inspecionados.
È necessário diagnosticar a causa da sujeira encontrada, encontrar mais de umasolução para combater os problemas, conseguir a participação de todos, determinar intervalo entre limpezas e realizar limpeza e lubrificação segundo os padrões estabelecidos para a máquina.
Etapa 3: Elaboração dos padrões provisórios de limpeza/ inspeção/
lubrificação.
Na etapa 3 deverão ser observados três requisitos básicos: limpeza, lubrificação e inspeção (ajustes). As atitudes a serem tomadas nesta etapa serão: estudo da teoria da lubrificação, estruturar a equipe de lubrificação, incorporação da lubrificação ao padrão de limpeza provisório, criar controle visual de lubrificação e inspeção de fácil
realização, estabelecimento de padrão de limpeza, lubrificação e inspeção, criar folha de rotina que possibilite procedimentos segundo o padrão e procurar reduzir o tempo de trabalho (medindo o tempo de observação das condições básicas de trabalho).
Nas etapas de 0 a 3, procura-se reduzir o tempo entre quebras através de:satisfação das condições básicas do equipamento, cumprimento das condições de uso,restauração das deteriorações, melhorias de pontos deficientes e elevação das habilidades dos operadores.
Etapa 4: Inspeção geral.
Aqui o equipamento será restaurado através de inspeções gerais do exterior e do aperfeiçoamento da confiabilidade; KAIZEN (prática de melhorias contínuas, obtidas por pequenas mudanças nos processos existentes, através da criatividade das pessoas que trabalham com o equipamento) das áreas difíceis para inspeções e
providenciar correções; fazer com que as inspeções sejam rotineiras e eficientes.
Para avançar nesta etapa 4, devem adquirir conhecimentos e capacitação através dos manuais de verificações, diagnosticar e reparar pequenos defeitos através da inspeção geral e preparar padrão experimental para inspeção autônoma. Para tanto
necessita-se da compreensão das estruturas e das funções dos produtos e das regras de garantia de qualidade, definir ferramentas (gabaritos, medidores, etc.) para garantir a qualidade imposta ao produto, preparação de material didático para qualificação em
inspeção geral, implementação de qualificação de lideres,
acompanhamento de cursos de qualificação, preparação dos manuais de verificação.
Etapa 5: Inspeção autônoma.
Na inspeção autônoma o operador é capacitado para detectar os problemas antes que ocorram através da implementação da inspeção com manual de padrões de inspeção. Devem ser bem definidas as atribuições de inspeções da manutenção e da
operação. As inspeções devem ser realizadas diariamente e dez pontos importantes devem ser observados:
Deve ser realizada dentro de períodos pré-determinados (por
exemplo em etapas de 5 minutos) e os itens a serem verificados devem ser controlados em relação a carga e a necessidade, com a divisão de um processo, se necessário.
Deve-se adotar medidas que permitam inspeções visuais e fáceis.
As ferramentas e métodos de inspeção devem ser usados de forma criativa.
A localização e os itens inspecionados devem ser claramente
indicados.
A inspeção deve ser feita de forma confiável, sem a ajuda de
formulário de verificação.
As pessoas devem ser treinadas especificamente para inspeções.
Os operários da produção devem receber treinamento para que
possam executar a inspeção autônoma.
Os operários devem aprender o porquê da necessidade da
inspeção, o que acontece se ela não for feita e o que acontece quando surgem condições anormais.
A prevenção da deterioração deve receber ênfase maior do que a
inspeção. Durante a inspeção, retire a sujeira e a poeira e aperte imediatamente o que estiver solto.
A importância da detecção precoce de problemas deve sempre ser ressaltada.
Etapa 6: Padronização.
Essa etapa visa a organização, a ordem e a efetivação do controle de manutenção através de padronização. As principais atividades desta etapa são: a revisão dos itens a serem controlados no local de trabalho e a revisão do controle feito visualmente. É importante nesta etapa a realização e a ordem em termos gerais, tanto no
aspecto físico como no administrativo.
Etapa 7: Efetivação do controle autônomo.
Até aqui nesta última etapa, foram atribuídas as qualificações necessárias ao operador. Desta maneira o operador deverá ter a capacidade de trabalhar com espírito de autonomia. O principal item desta etapa é a utilização das habilidades adquiridas nas
etapas anteriores, para analisar os dados sobre quebra ou falha, técnicas de melhorias e aumento de eficiência do equipamento e capacitação técnica para pequenos ajustes.
Funções da Manutenção na Manutenção Autônoma:
Reparo das deteriorações:
Quando se iniciam as atividades de TPM em um equipamento, os operadores encontrarão diversos defeitos que deverão ser identificados por etiquetas, uma forma de identificar o defeito no próprio local. Estas etiquetas são geralmente divididas em duas
classes e identificadas por cores diferentes:
Etiquetas vermelhas: defeitos encontrados pelo operador e que ele não tem condições para solucionar.
Etiquetas azuis: defeitos encontrados pelo operador e por ele
solucionados.Na primeira etiquetagem realizada no equipamento, o número de etiquetas vermelhas é muito superior ao número de azuis. Percebe-se então que o operador necessita ser treinado para reversão do quadro.Três são as providências básicas a serem tomadas pela manutenção, visando apoiar o reparo das deteriorações:
Ação rápida na resolução das etiquetas vermelhas:
A meta a ser atingida é de pelo menos 90% das etiquetas vermelhas resolvidas pelo departamento de manutenção. Neste plano deve estar claro:
Qual é o problema, quem será responsável pela solução, como será resolvido e quando será resolvido. O envolvimento da produção aqui é fundamental, pois o reparo exigirá a parada da
máquina.
Lições ponto a ponto:
É uma forma de transmitir conhecimento através de pequenas informações, de tal forma que qualquer pessoa possa entendê-la e aplicá-la lendo-a.
Basicamente para se executar uma lição ponto a ponto, deve-se observar a ausência de medo, pois o operador será capaz de executá-la, utilizar-se de desenhos, figuras ou fotos, deve ser manuscrita, resumida, ser de pequenas partes da máquina
(lições grandes trarão problemas na execução), descrever o procedimento correto e as idéias implantadas.
Treinar operadores em pontos básicos de manutenção:
A maioria dos defeitos encontrados nas máquinas é conseqüência do acúmulode pequenas causas, entre elas a falta de conhecimento dos operadores. Sendo assim, deve-se proporcionar treinamento prático/teórico de elementos básicos aos operadores,
seguindo os seguintes itens:
- O que é o elemento?(nome).
- Para que serve?
- Como funciona?
- Onde é usado?
- O que pode provocar problemas neste elemento?
- Como evitar os problemas?
O objetivo é treinar operadores para pequenas atividades, para que os técnicos de manutenção façam as atividades mais nobres.
Eliminação das causas de deterioração forçada:
Essa melhoria se divide em duas fases:
Aplicação de melhorias individuais nas fontes importantes:
Chamam-se de melhorias individuais, todas mudanças idealizadas pelos operários implantadas no equipamento, que resultem na eliminação ou redução de alguma(s) das 6 grandes perdas.
Orientar as medidas contra as fontes através da MA:
Isto pode ser feito através de:
Auxílio do levantamento das reais causas das fontes de sujeira.
Analisando e indicando os elementos e materiais corretos à serem utilizados.
Auxiliando a operação no estudo de custos/benefícios das
melhorias.
Auxiliando na implantação de dispositivos que facilitem
limpeza/lubrificação/ inspeção.
Sempre que for necessário, a manutenção deverá orientar os
operadores.Uma forma eficiente de se aplicar melhorias é a utilização do “TPM STORY”, um formulário afixado no quadro de atividades com função de incentivar e motivar o programa.
Pontos chaves para o sucesso da M A:
Treinamento introdutório: treinamento de todos os envolvidos antes de iniciar.
O trabalho propriamente dito: atividades desenvolvidas não devem ser vistas como esporádicas.
Atividades de círculos: o encarregado participará de um circulo liderado pelo supervisor, o supervisor participará do circulo liderado pelo chefe de seção, o chefe participará do circulo de gerentes e os gerentes da comissão de desenvolvimento do
TPM da empresa.
Princípio da prática: não se deve ater a formas e argumentos e deve-se ter como principal objetivo o fato de fazer com as próprias mãos.
Efeitos reais: temas e metas concretas desenvolvendo melhorias que provoquem efeitos reais.
A própria pessoa define o que deve ser cumprido: fazer com que as pessoas desenvolvam o controle autônomo das atividades.
Execução rigorosa: realizar atividades incompletas não trará os resultados esperados.
Segurança em primeiro lugar.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário
Comentários serão moderados.